31 de agosto de 2013

Ideologia



Esse negócio de criar 
ideais
 que não se transformam em 
ideias 
é ideologicamente
chato.








Por Bia de SouZa
 

Destinos










Cada macaco no seu galho
Cada nariz no seu palhaço
Em cada laranja, o seu bagaço
E cada puta no seu caralho.


Cada um dá o nó na corda que o enforca.

27 de agosto de 2013

Chover


Por Bia de SouZa

Sinto falta de você, Chuva...
Para levar pelas ruas asfaltadas todo o meu entristecer.
Sinto falta da sua pureza, da sua simplicidade
E mais ainda da sua condecendência com as lágrimas dos meus olhos.
Você, Chuva, que se personaliza tão mutante
Enche-me de admiração e de algo parecido com uma inveja boa
Pois é através de você que tento mutar-me num ser mais condizente.

Sinto sua falta.
Do seu limpar da minha alma
Do seu inovar em minha realidade
Do meu imaginar a cada gota que de você vejo cair.


Simplesmente: sinto saudades.



http://confrariadapoesiainformal.blogspot.com.br/2011/12/para-os-dias-de-chuva.html






















O Lobo da Estepe

O Lobo da Estepe - Hermann Hessen

Sou um herói clássico
Nasci para morrer em vida
E viver na morte;
Vivi para ver morrer os que sangrei
E morri para ser lembrado por aqueles
Que transformaram minha carne em nada
E minha alma em tudo...
Morri por minhas próprias mãos,
Sangrei meu próprio sangue;
Fiz dele a água benta de minha canonização,
E com a espada que carreguei esforçadamente
Fiz-me cavaleiro de meu nome!

Mas antes de tudo,
E ante a todos, fui homem...
E por ter sido demasiado homem
Amei demasiadamente;
Esqueleto da minha moral,
Esse amor sustentou
A insustentável leveza de meu ser,
De ser herói, de ser homem,
De ser amante, amado, amável...

Vivi esse amor
Como quem vive a si mesmo,
E morri do mesmo
Como quem morre de solidão,
A forma mais clara do egoísmo;
Egoísmo que me deixou só em carne,
Mas que fez de minha alma
Uma eterna companheira
Para todos os solitários qu'inda vivem!

Nasci homem,
Vivi herói,
Morri poeta!

Herói de cordel

"Se a liberdade significa alguma coisa, significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir."
Foi num dia de relvoltice
Que certa vez eu disse:

Quem me dera um dia eu vesse
E por hora ou outra aparecesse
Algum cabra que nos salvasse
Dessa tal de primeira classe.

O herói então surgisse
E falou que assumisse
O  mal dessa tolice
de cometer a heroísse.

Esse herói não usa capa
E muito menos ele ataca
Não usa terno ou gravata
Só usa roupinha barata.

Gritando no meio da rua
Com sua voz, nua e crua
Claro, chamou  atenção:
(Foi o assunto do povão)

"-Quem me dera uma vez
Acabar com a insensatez
Que o tal do ser burguês
É quem ganha tudo
Todo mês!"

Então o povo acordou
E a mulherada gamou
Burguês então sumiu
Aô... Puta que pariu!

E o herói, sem demora
Encontrou o tal burguês
"Em terra de povo fraco,
rico forte não tem vez!
Vá de retro, vá embora
Mim gorila, tu macaco!"

E por fim, bem confiante
Gritei no mesmo instante:
"Vou fazer é uma prece
E vê se não se esquece:
É você o tal que merece
Nosso sul e nosso oeste."
Vida longa cabra da peste!

por Jéfferson Veloso.

25 de agosto de 2013

Palavra Avulsa

Eu sou agora um texto sem nexo
Uma poesia sem rima
Uma letra solta e perdida
Procurando uma frase onde me caiba

Sou todas as letras que puder
Todas as letras bagunçadas
Tentando se encontrar
Tentando formar uma frase

Sou João, sou Maria
Sou historia
Sou criança e sou adulto
Sou de verdade

Sou só uma palavra avulsa fora de contexto
Tentando me formar nesse livro


Por: Guga Medeiros

24 de agosto de 2013

XLIV

O Grito - Edward Munch 1893

Tão triste é esse vício e que me faz
Estar-me, descontente, por contente,
Com tudo aquilo que, por vez demente,
Fazia-me contente e já não faz.

É como à lucidez de uma doença,
Que o grande mal se mostra só em sabe-la,
Teimar, ainda sim, em protegê-la
Da cura que é a razão, e não a crença.

E crer que a doença o bem me faz,
Ao evitar que dela eu me melhore,
É a ilusão de um gozo tão voraz.

Que benefícios essa cura traz,
Senão só evitar que eu deteriore,
Ainda que não dê, do vício, a paz?

08/02/13

23 de agosto de 2013

Uma madrugada palacial



Como por um manto sagrado, encontro-me envolta numa manifestação de cultura com a qual nada se compara. É como se o mundo parasse de girar e se estagnasse, olhando ao redor do seu próprio eixo o resultado dessa intervenção.

Uma nuvem bem gorda, repleta de chuva, paira ao redor das milhares de cabeças. Chuva que mata, mata a ignorância, jorrando inteligência em cima de quem escolheu se molhar.

De onde estou, vejo muitos olhares, repletos de muita coisa, no aguardo espetacular.
E através dos meus próprios olhos, brilho o mundo, atravessando essa fria madrugada.



Por Bia de SouZa

Imagem:
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22 de agosto de 2013

Sexy Boca.

Por Bia de SouZa

A minha boca anda tarada por uma mordida.
Por um toque suave, aveludado e cremoso
Um chupão gostoso, de fazer salivar.
Fica pensando, sozinha, suspirando
Esperando o momento para um bote bem dado
Dar.
Ela quer um momento, um só momento
De prazer infinito, memorável
Cheio de tesão
O clímax perfeito, repleto de despudor
Lambendo os lábios com
Satisfação.




A minha boca anda louca por um
Chocolate.

Constatar



Quando finalmente supomos ter superado
os Pesadelos mais assombrosos
Descobrimos estar apenas sendo testados
pelos espíritos viventes de nosso
Desespero.


Por Bia de SouZa

21 de agosto de 2013

A cor amarela

A cor amarela


Mais fácil é associar valores à beleza do que à feiura. Para mim, e, creio eu, para muitos, a arte é aquilo agradável aos sentidos, portanto, dificilmente diremos que algo feio poderá ser considerado arte, ou até mesmo algo simples. Este é então o maior dilema, e maior trabalho, de um poeta, sublime amante da simplicidade: como tornar a simplicidade bela? Como representá-la dignamente, à altura das demais obras de arte, muitas vezes complexas? Bastar-lhe-á, então, deixar que seu maior sentido, e mais verdadeiro, o guie, ou até mesmo fale por ele, e que é a sua paixão pelas coisas. Sim, a paixão é o maior e melhor sentido de um poeta; através dela, ele é capaz de tornar belo tudo o que vê e que lhe desperta algum sentimento, mesmo que seja um corpo humano apodrecendo após a morte, a impossibilidade de realizar um amor ideal, muitas vezes inexistente, ou a inevitável e comum dor do fim de um grande amor.

Hoje, lembrei-me de uma música interpretada por Caetano Veloso, na qual ele fala sobre a onda que dá quando se vê o intenso amarelo de um biquíni destacar-se entre o mar e o marrom da pele tesa dela; tal onda, psicológica e não marítima, é belamente acentuada com os agudos da guitarra ao fundo da canção, tornando ainda mais belo esta cor tão comum, presente em quase tudo, que é a cor amarela. Estranho lembrar-me disso, e até um pouco prazeroso, talvez o mesmo prazer proporcionado pela onda de Veloso, pois é assim que eu me sinto quando ouço longe, aumentando gradativamente, o ronronar dos motores dele, e vejo seu estridente amarelo crescer no horizonte de uma rua qualquer. É o melhor que podia acontecer, durante essas férias, ver destacar-se entre o vidro e o amarelo o azul dos olhos dela.

19 de agosto de 2013

XIII

Os anos vão passando lentamente
Levando antigas dores e agonias,
Para mais nos caberem alegrias
Que vamos conquistar continuamente.

E vamos aprendendo levemente
Que sempre após as longas euforias
Virão nos contemplar as calmarias,
Mantendo um equilíbrio já vigente.

Por isso, ó, querida, dê valia
A sua juventude eternizada
Por este glorioso e belo dia;

Receba os parabéns, e, confortada,
Lembre-se que viver é a melhor via,
E um dia chega ao fim a caminhada.

A Samara Lima, pelo seu aniversário!

17 de agosto de 2013

Beleza??

Por Bia de SouZa


Beleza: Termo mais relativo e pré-conceituoso.
Estabelecer algo como belo ou não passa necessariamente pelas subjetividades e múltiplas opiniões de cada um.
Num mundo tão fútil, cheio de vazios e recheios de ar, endender algo como dotado de beleza pode ser tão perigoso como uma bomba atômica!
Não. Sou mais racional e extremista.
Acho que a Beleza é como um "bem de uso comum do povo" e de tudo o mais.
Geral. Generalizada.
Bela é a flor em botão, que nem mesmo desabrochou e fica no aguardo de uma chuva fina, de um sol quentinho e de muita fotossíntese para resplandescer. Mas também é bela a flor já sem vida, caída no solo, esperando o vento a ela varrer.
Belo é o livro novo, com cheiro de plástico, esperando pelo primeiro ávido leitor. E belo é também o livro rasgado, surrado e sem capa, que já foi útil a tantas mentes e olhos famintos.
Bela é a menina fotogênica, de rosto e de corpo, que se mostra e agrada nas redes sociais. E tão bela quanto é aquela que prefere ao invés de seu corpo, mostrar a beleza de seu pensamento, sem medo de errar.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c9/Allisvanity.jpg/240px-Allisvanity.jpgBelo é o barulho do sino dos ventos, que nos permite meditar até em meio ao caos de uma cidade grande. E quem haveria de negar beleza à poluição sonora, visual e olfativa, se é nela que a maioria de nós encontra moradia?
Belo é o moço galã, bem sucedido, que aparece em comerciais de pasta de dente. E belo é o menino que prefere dar de comer àqueles que mal tem condições de pensar no que é beleza.
Bela é a poesia rimada, em soneto e métrica intocável, arte de poucos e feita para apreciação geral. Ora, se não é bela a escrita sem gramática correta, sem firulas linguísticas, e que atinge até mais do que tão bela criação poética?
Belo é o amor, sentimento por tantos falado, sentido, cultivado. E belo é, pois, o ódio, que permite - apenas a título exemplificativo! - uma série de escritos fantásticos, filmes e documentários, e até mesmo a percepção do que é, consequentemente, o amor!
Ah! Fácil dizer que bela mesmo é a Vida! Pois é nela que se verifica tudo aqui antes comentado. Mas vejo uma beleza delicada na morte... Uma beleza fúnebre, quieta e até mesmo misteriosa. Como se ela nos dissesse que sem a sua certeza, não pensaríamos em fazer muitas das coisas boas e belas que praticamos todos os dias, mesmo sem perceber.
Por isso, generalizo a beleza e renego quem diga o contrário!
Somos Beleza, emanamos gostosuras e trevessuras repletas de lindas nuances.
Deixemos de lado a pieguice e os clichês e passemos a curtir aquilo que temos de melhor, que somos nós mesmos, tão mundanamente.
Beleza?

12 de agosto de 2013

Bonequinha de Luxo



A poltrona estava afundando. Sempre afundava mais para a esquerda do que para a direita. Com os pés descalços sobre o estofado, ela balançava o corpo suavemente, num ritmo constante e monótono. Sempre balançava assim.


Betânia se achava aninhada em seus braços. Bonequinha ruiva, olhinhos pequenos, um azul, outro preto. De caneta Bic. Era uma bonequinha boa, ela dizia. Cheia de vontades que só, mas boa. Obedecia depois de três insistências. Sempre após a terceira.

Ela, hoje, estava mais quieta. Olhava Betânia de soslaio, meio receosa. Balançava-se suave, e olhava para o outro lado. Para o mundo. Ela o via, com olhos curiosamente entediados. Sempre entediados.
Mas nunca viam o mundo.

Demorou instantes eternos para retornar à Betânia. O balanço do corpo se fazia constante, enquanto ela acariciava de leve os cabelinhos cor de fogo da bonequinha. Sempre tão lindos.

Num só movimento, a cabecinha de Betânia rolou pelo chão, parando apenas ao encontrar a parede oposta à poltrona. Ela olhou-a sem tempo, como se pensasse em pegá-la de volta, e tornou a encarar o mundo. Um corpo sem cabeça era muito chato.

Sempre soube disso.

Mark Ryden




9 de agosto de 2013

8

Por Bia de SouZa

Despretensiosamente, cheio significante
Proporcionalmente 
Perfeito
Oito sendo
Elegante
Verticalmente, apenas número
Matemático, exato
Frisante
Horizontalmente
Infinito
Óculos bonito!
Metáfora pura num simples 
Rompante
Oito ou oitenta
Opostos intenta
Criando afugenta
O tédio chinfrim
E de forma tão clara
Bonita e poética
Marca para sempre
Um pedaço de mim.

8 de agosto de 2013

A tal da poesia

por Jéfferson Veloso.


Poesia é musica
e as mãos chamam
as palavras para dançar
Poesia é pintura
onde os olhos param para ver
É sonho
de quem não tem medo de sonhar.


Poesia é mudança
tal qual de tempo em tempo
ou às vezes reepentina
A tragédia se torna esperança
Da paz vai à selvageria
Da união gera a vingança
Do inferno à calmaria.

Poesia é pista
onde o leitor
aposta corrida
nas curvas de
cada verso.
Uma pequena leitura
para o homem
Um grande passo
para o universo.

Poesia é vento
e suas palavras
fora penduradas
num varal de versos
pelos autores
É mal humor controverso
União de amores e temores.

Poesia é tesão
o sexo com a melodia
gerando a mais bela canção.
Gera jazz
Gera rock
Gera forró
Gera hip hop
Gera blues
Gera disco
Gera soul
Gera Chico* (viva Chico!)

Poesia é encontro
Autor, leitor
Leitor, autor
Prazer em ler
Prazer em escrever
Prazer em conhecer.



*Chico Buarque

7 de agosto de 2013

Orgulho e Preconceito








Encontrei uma mulher, uma das mais fortes que já vi, e também uma das mais orgulhosas.
 

Encontrei uma mulher, e no seu caminho havia um muro invisível que, sem perceber, ela mesma construía, tijolo por tijolo, como se nunca fosse parar, como se quisesse se esconder.



E de fato se escondeu do mundo, porém não se escondeu de mim.


Encontrei um belo sorriso, um dos mais belos e contagiantes sorrisos que já vi.
Sorriso borrado e engasgado, como tantos outros, por lágrimas de um mundo doentio e absurdo...

Encontrei uma mulher, e me encontraram em seu caminho.
Me descobriram, construtor. Construtor de utopias, sorrisos e indagações.
Me descobriram, demolidor.
Demolidor de Muros,
Medos,
Orgulho e Preconceito.





Por: Rafael Mota.
Para: Glenda Marques.

5 de agosto de 2013

Por quê?

Por Bia de SouZa


Sinto-me triste. A cada pensamento, vejo-me circundada por um sentimento sufocante, uma angústia sem fim, que aperta meu peito e me deixa vazia.
Vazia de todas as possibilidades de bons pensamentos, de boas lembranças, de bons sonhos que me levariam ao futuro e me fariam feliz. Contrariando, sou puxada ao passado, ao obscuro pretérito da alma, onde nada pode ser mudado, onde tudo permanece sendo como é.

Triste.

 Estou cheia. De uma camada de piche, grudenta e pesada, sem uma pá decente para retirá-la, completamente enterrada num mar de dor. Um mar de mentiras, ilusões e desacertos, também repleto de inocência, como peixinhos que nadam sem saber da presença do predador.

Essa tristeza me afoga. No meu próprio emaranhado de lágrimas, jorradas de olhos tão tristes, criam uma maré infinita e sem fuga. Que me puxa, sempre, sempre para longe, para o meio do redemoinho de pesadelos criados por própria autoria.

Incessantemente.

E nesse complexo marítimo tão cheio de vazios é que nado sem rumo, sem força, sem esperança, perguntando-me a cada gole de água engasgada o por quê de não saber nadar contra a maré.

1 de agosto de 2013

El Sol No Brilla, Y Ya No Existe


Era frio o deserto,
Frio e nebuloso,
E uma flor se escondia.

Era única aquela flor,
Única e radiante,
Porém ninguém percebia.

Era azul a escuridão.
Um azul em desespero,
Mas seus gritos eram mudos.

É aqui, doce deserto.
E governados pelo vento do acaso,
Cada ser é um grão de areia.

Eran rojos tus labios,
Rojos de sangre,
Sangre mio y sangre tuyo.
Sangre que brota de mis ojos,
Sangre que nace de tus pétalos,
Mi hermosa flor.

Sangre que seca al desierto
Cuando te arrancas tu piel.
E mi alma se va junto
Cuando los fantasmas susurran
Que se cayeron los pétalos,
Que se secaron los labios...
Que se ha ido Paloma, mi flor.

Ilúdito

por Jéfferson Veloso



Os tempos estão negros
A luz que me dava energia
voltou-se contra mim
Transformou minhas ações
em meros descasos e afins
E do nada a luz age assim
Se é sim  fala que 'não'
Se é não fala que 'sim'
Me fez sentir culpado
me fez sentir pequeno
Com a ilusão da sua segurança
me fez sentir sereno
Fez-me não sentir nada
Trancou-me no calabouço
E se desfez da maldita entrada

Ficar trancado em si mesmo
é o pior castigo que existe.
Ser escravo da vontade
que a dor da morte antes eu sentisse
Mas nada faria sentido
Se esse dia não existisse.

Foi dentro de minha prisão
que eu descobri
que minha liberdade
era uma doce ilusão

E tudo foi apenas num certo dia.

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Certo dia a gente acorda
com vontade de morrer
Certo dia a gente sonha
sem mesmo saber o por quê
Certo dia, a gente vive
E nem isso a gente vê

O vento leva o que a brisa quer deixar
O sol ilumina o que a nuvem quer  escurecer
E a metamorfose contínua
Mata quem quer
Vangloria quem sobra
E a sobra paga o preço
pior de quem morreu
Vivendo na sina
vida que cega
vida que mata
vista que falha.

Vivemos de sonhos
mas o sono está acabando.
O que fazer?
Olhar para o reflexo
inconsciente da alma
e ver que ela tinha
muito a oferecer?
Não,
o melhor é não se arrepender.

Só sei que nada sei
mas consigo tomar a peito
toda essa falta de respeito
da parte da história
daquela pequena pequena trajetória
que apenas ignorei

O Sol se põe mas seu trabalho continua
Ele se esconde na parte de trás da Lua
fazendo assim, da luz do luar
uma moradia perfeita para meu jeito de pensar.

Se houver alguma dúvida, pergunte ao eclipse.
Ele saberá te responder.