27 de agosto de 2013

Herói de cordel

"Se a liberdade significa alguma coisa, significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir."
Foi num dia de relvoltice
Que certa vez eu disse:

Quem me dera um dia eu vesse
E por hora ou outra aparecesse
Algum cabra que nos salvasse
Dessa tal de primeira classe.

O herói então surgisse
E falou que assumisse
O  mal dessa tolice
de cometer a heroísse.

Esse herói não usa capa
E muito menos ele ataca
Não usa terno ou gravata
Só usa roupinha barata.

Gritando no meio da rua
Com sua voz, nua e crua
Claro, chamou  atenção:
(Foi o assunto do povão)

"-Quem me dera uma vez
Acabar com a insensatez
Que o tal do ser burguês
É quem ganha tudo
Todo mês!"

Então o povo acordou
E a mulherada gamou
Burguês então sumiu
Aô... Puta que pariu!

E o herói, sem demora
Encontrou o tal burguês
"Em terra de povo fraco,
rico forte não tem vez!
Vá de retro, vá embora
Mim gorila, tu macaco!"

E por fim, bem confiante
Gritei no mesmo instante:
"Vou fazer é uma prece
E vê se não se esquece:
É você o tal que merece
Nosso sul e nosso oeste."
Vida longa cabra da peste!

por Jéfferson Veloso.

4 comentários:

  1. Genial! Digno de um herói cuja as armas são as palavras!

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  2. Concordo plenamente com o Nitai. Esse seu poema conseguiu ficar melhor do que era no princípio!!! Como pode?!
    Genial.

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    Respostas
    1. São as inspirações que absorvemos da insônia.
      Obrigado Bia!

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