Certa vez, eu tive um sonho.
Desses sonhos que a gente lembra depois.
Desses sonhos que a gente se pega sonhando quando está acordado.
Desses sonhos que não nos permitem voltar à realidade.
Desses sonhos que nos fazem desejar não voltar ao mundo real.
Eu estava caminhando dentro de uma casa escura.
Escuro de um lado.
Escuro do outro.
Uma janela à frente.
E na janela, um clarão
E no clarão, um jardim
Ninguém saía em busca de paz
Era preciso apenas olhar para o lado e ela estava lá
ou talvez nem precisava estar...
Escuro do outro.
Uma janela à frente.
E na janela, um clarão
E no clarão, um jardim
E no jardim, eu a vi.
Então, fui ao seu encontro
E tudo ficou tão real quando a senti
Tudo tão claro
E tudo ficou mais sereno quando ela me tocou
Senti sua tranquilidade me acolher como uma mãe
E digo, com todas as palavras, que eu a vi.
Ou pelo menos sonhei de verdade...
Então, fui ao seu encontro
E tudo ficou tão real quando a senti
Tudo tão claro
E tudo ficou mais sereno quando ela me tocou
Senti sua tranquilidade me acolher como uma mãe
E digo, com todas as palavras, que eu a vi.
Ou pelo menos sonhei de verdade...
Eu sonhei com a paz.
Mas não sonhei com uma paz qualquer.
Não era esta paz ilusória criada na realidade.
Não tinha a pomba branca como símbolo
A paz não tinha cor
Nem precisava de um animal como mascote
A paz nem precisava existir...
Minha paz ia muito além
Muito além de uma paz que poderia chamar só de minha
Muito além de algo que possa tê-la Criado...
Minha paz era de todo mundo
E todo mundo vivia em comunhão por partilhar da mesma paz
Ninguém saía em busca de paz
Era preciso apenas olhar para o lado e ela estava lá
ou talvez nem precisava estar...
No meu sonho
a paz não existia...
No meu sonho
a paz nem sequer tinha nome.
A paz não existia.
Não precisava existir
Ninguém sabia o que poderia significar a paz
Ninguém sabia o que poderia significar a paz
Mas todos sabiam viver de verdade
Todos viviam em total liberdade
Todos compartilhavam a mesma vontade
E destas palavras
nem precisava saber de qual era a necessidade.
Todos viviam em total liberdade
Todos compartilhavam a mesma vontade
E destas palavras
nem precisava saber de qual era a necessidade.
Então, como em qualquer outro sonho comum, acabou.
E, como em qualquer outro sonho comum, tentei voltar à ele.
Mas, como em qualquer outro sonho comum, não consegui.
Porém, como em qualquer outro sonho comum, sempre me lembrarei dele.
E assim, este sonho se tornará realidade nesta realidade em que vivemos.
Ainda vejo o dia em que todos caminharemos na mesma direção
Todos juntos, em perfeita união
partilhando a mais bela visão
Cantando uníssonos a mesma canção.
E, como em qualquer outro sonho comum, tentei voltar à ele.
Mas, como em qualquer outro sonho comum, não consegui.
Porém, como em qualquer outro sonho comum, sempre me lembrarei dele.
E assim, este sonho se tornará realidade nesta realidade em que vivemos.
Ainda vejo o dia em que todos caminharemos na mesma direção
Todos juntos, em perfeita união
partilhando a mais bela visão
Cantando uníssonos a mesma canção.
Minha paz não tem nome,
Minha paz não tem significado comum
Minha paz é só minha
E se é minha, é de todo mundo.