26 de março de 2013

Eu quero.

Por Bia de SouZa



Eu quero.

Eu quero um travesseiro macio, para
minhas ideias descansar.
Eu quero um chocolate quente, para
meu coração aquecer.
Eu quero uma chuva fria, para meu desânimo
matar.
Eu quero uma noite vazia, para meu grito
nascer.

Eu quero.

Eu quero um amigo sincero, para meu cabelo
afagar.
Eu quero um suspiro triste, para minha alegria
esquecer.
Eu quero um amor de verdade, para de verdade
me amar.
Eu quero um buraco fundo, para dentro dele
morrer.

Eu quero.

Eu quero uma flor selvagem, para meus olhos
brilhar.
Eu quero pimenta ardente, para minha alma
ferver.
Eu quero um bichinho fofo, para meu peito
arfar.
Eu quero uma dor doída, para meus olhos
arder.

Eu quero.

Eu quero chorar sem motivo, para um motivo
encontrar.
Eu quero uma música ouvir, para simplesmente
entreter.
Eu quero abrir um livro qualquer, para a minha escrita                     
inspirar.
Eu quero olhar para você, e realmente te
ver.

















Quero tanta coisa, sem ao menos
notar.
Que de tanto querer, posso  até me
iludir.
Mas se não quiser, como posso
afirmar
Que meu simples querer é o que me faz
conseguir?


2 comentários:

  1. Li seu texto cantando, e incrivelmente virou uma música muito foda.
    Assim como amo finais infelizes, amo também finais em perguntas. Gosto de pensar que há muita magia nisso, e realmente há.
    Me admira seus tantos anseios. Querer muito é sinal de vida, e querer muitas pequenas coisas é sinal de vida realmente viva, não vazia. (=

    Muito foda sua músca, digo, seu poema. Vou conversar com o Jéfferson a respeito de uma melodia a altura.

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    1. Uai, meu poema deve estar mesmo musicado, porque não é que o Jéfferson comentou comigo algo parecido?

      Obrigada pelos elogios!!

      Adorei a ideia sobre a melodia, tratem mesmo de providenciar algo assim, rs.

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