8 de fevereiro de 2014

Sobre O Amor

Eu amo
Mas não como no romance
Não amo o passado
Embora pensei que amasse

Eu amo
Mas não um indivíduo
Não amo nada concreto
Eu não amo ninguém

Eu amo
Mas condicionalmente
Até o ponto de equilíbrio
De onde não se deveria passar

Eu realmente amo
O abstrato, o imperfeito
O subjetivo
Amo o agora
E seu próximo capítulo

Amo essa vida
Já que sou o diretor
E posso ser qualquer ator
Por que razão não amaria?!

Amo o meu ser
Pois o que ele decide é por amor
Amor a si próprio
E a seus instintos insanos

Amo ser egoísta
Decidindo por mim
O que melhor me for
E não amo nada além

Muito menos odeio
Pois amor e ódio são venenos
De uma só serpente
E meu antídoto
É um quase amor
Indiferente


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