por Jéfferson Veloso.
Sinto raiva de pessoas felizes
Sim, uma raiva incomum
Raiva de todos os seus sorrisos
Toda sua vontade de viver
Sinto raiva de cada um
Como se o mundo fosse só delas
E eu fosse o parasita
Vivendo minha doença
Doença nada contagiosa
Minha doença entristecida
Meus sonhos minúsculos
Meu futuro nada promissor
Minha vida sem valor
A tristeza
uma navalha afiada
Que atravessa cada camada de minha pele
Invade a carne, veias, vísceras
Rouba toda minha calma
Tira minha vida
Arranca fora minha alma
Transformando meu ego
Em sonho egoísta
Oh! Tristeza traiçoeira!
Dessa que vem e não se vai
Dessa que ninguém entenderia
Dessa que ninguém se salva
Ou tampouco salvaria
Tu, tristeza
Amiga traiçoeira
De qualidades intrínsecas
Faça parte, assim de mim
Faça-me teu, à tua maneira
Nenhum comentário:
Postar um comentário