4 de outubro de 2013

Maré

Un bardo naufragado, 1883, Carlos Haes

Minha memória
é um mar raso mas extenso
onde aves raramente vêm pescar,

as que vieram,
por não encontrarem peixes,
pousaram em um barco a navegar;

sendo tão rasa,
minha mente sem corais
deixou o velho barco naufragar,

então as aves
juntas levantaram vôo
assim que o ferro poes-se a enferrujar!

Minha história
é um vaso com incensos
onde a água nem boninas fez murchar!

20,09,13

Nenhum comentário:

Postar um comentário