1 de julho de 2013

Respingos.



Peguei-me pensando na possibilidade de ser Pintora.
Dessas que usam palhetas, cheia de tintas, pincéis variados e roupas largadas, repletas de respingos multicoloridos.
Ser Pintora me possibilitaria colorir o mundo de um jeito real, não apenas figurativamente.
Usar todas as variedades de tons existentes, e criar tantos outros a partir dos primeiros,
sendo livre para usar e abusar da tela até que não houvesse um mísero espaço sem tinta.
Gostaria de colocar o mundo do tom que meu coração estivesse em cada instante:
Vermelho, quando o amor dominasse.
Verde, quando a raiva viesse.
Roxo, quando o mistério pairasse.
Azul, quando a paz vencesse.



A cada pincelada, deixaria na tela um pouco das cores que rodeiam a minha alma, esperando que pudessem, de algum modo, circundar as almas desprovidas de cor.
Ainda que de Preto e Branco, eu fosse responsável pela avivação do que ainda era incolor.
Talvez eu me torne, realmente, uma Pintora.
E, ao me tornar assim, quero que meus primeiros movimentos sejam, de uma única vez, capazes
de inundar o mundo num mar claustrofóbico de pura vibração em tinta.





Por Bia de SouZa
Imagens: 



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