29 de julho de 2015

Àqueles dias

Por Jefferson Veloso






     Tem dias que a gente pensa que não sabe amar. Aqueles dias em que um encontro no cinema, assistindo ao primeiro filme que veem na sala de cartazes, fazendo a caminhada toda para que, de pouco a pouco os lábios se encontrem, fazem parte apenas da imaginação.
     
     Tem também os dias em que você foge do olhar do outro, como medo da violência ou da rejeição da sua verdade mais sua. Quem sabe, o olhar entregue mais verdades que a própria fala. 

    Os dias de dor são os piores. A dor maldita da perda de algo ou alguém. As dores físicas. Mentais. A dor do ego. Dor ao ter machucado alguém. Dores que ficam. Dores que vão. Cada uma fazendo sua cicatriz.
     Aí você sente medo. Medo mesmo. Mas um medo moderado.

     Pois, por mais que existam os dias em que não tenhamos entendido o significado do não-amor, do olhar e da dor, no final, ninguém quer deixar de estar vivo. E já que sobreviveu até agora, fica de boa e vai viver. E tudo ainda pode acontecer. Ou repetir.


     Pode ser que você saiba aprenda algo. Até sentir algo(mais).



Um comentário: