10 de setembro de 2014

Subverso

Por Jéfferson Veloso.



Escrevendo
No momento
Coisas que estão além do normal

Me mantendo
Na tangente
consequente
Do que dizem ser formal

Esclarecido
Concebido
Com o dom de ser banal

Se for errado
Ou pecado
Permaneço longe
De tudo que me faz mal

Se for além de tudo que me rodeia
Meus pés vão tocar toda e qualquer areia
Vou até o infinito e além
Mais distante do que meus olhos vêem.

Quero atravessar pontes erguidas em qualquer correnteza
Quero ficar sim, com certeza
Maluco
Maluco beleza

Como o sábio de dez mil anos atrás

Nas ondas de qualquer vendaval
Minhas meias querem ser colocadas no seu varal
E o acento vago de qualquer bar
Serei seu par, onde estiver
Onde quiser, estarei lá.

Nessas noites ensolaradas de luar
Minha melodia se faz presente
Na sombra de qualquer baobá
No veneno que sai da serpente
Ou nas dunas de qualquer praia, imenso mar

Quero me perder nos caracóis do universo
Fazendo das estrelas minha companhia
E o riso impresso na lua solitária
Mostrará mais belo brilho, antes que tardia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário