27 de setembro de 2014

Para Cima, Para Sempre





Depende de como se olha
Do ângulo e do grau
Depende do observador
Do astro e do astral

Depende de quando, da era
Do ar e das nuvens
Depende do por que
E das perguntas que se quer responder

Depende da gravidade
Da urgência e da paz
Depende da luz, do azul
Das estrelas e dos ventos

Depende da direção
Da posição do Sol e da Lua
E dos seus romances e brigas
De quando ela está cheia de si
E se derrama
Por raios de um amor distante

Dependente de tudo
E guardião dos segredos do nada
Esse céu inconstante e infinito
É sempre o mesmo
Em várias versões

Então faz-nos infinitos
Faz-nos limitados
Faz-nos relativos
Relativamente comuns
E faz surgir um vácuo
Transbordando perguntas
Ocultando respostas

E confiando no destino
Mas confinados ao acaso
Que todos façam suas apostas
Pois os astros deram as costas

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