9 de julho de 2013

Ponto declarado em reticências.

Por Bia de SouZa


Um dia me questionaram o que é o amor.

Naquele momento, dei uma resposta já formulada, sem nada pensar, apenas querendo responder, sem pretensão nenhuma.


Mas, hoje, ainda que não me perguntem de novo, quero responder autenticamente a essa pergunta.


O amor é aquilo que você sente ao acordar e lembrar que logo, logo, verá o sorriso mais lindo do mundo ser dado a você, sem ao menos você pedir.


É o bater do peito acelerado ao imaginar a voz suave e profunda, bem no seu ouvido, dizendo simplesmente "bom dia".


É a sensação indescritível de querer sorrir sem motivo, apenas porque o outro ama o seu sorriso, despretensiosamente.


Amor é dormir no chão, como se estivessem em uma cama de rosas macias.


É xingar e ser xingado, no meio de gargalhadas e beliscões.


É querer agradar pelo simples fato de todos os dias serem especiais.


É fazer café e colocar, junto com o açúcar, todo o coração, que nem cabe em nenhum pote.


É se declarar ao vento, na esperança de que ele leve o recado, quando a sua metade está fora de alcance.


Amor é perceber que, ainda que se esteja triste, a lágrima escorrida dos olhos do outro será sempre mais dolorida que a sua, e que, para enxugá-la, os seus olhos precisam estar sorrindo.


Amor é viver a sua vida, na certeza de que ela é completamente dependente e viciada na vida do outro.


É baixar a guarda quando o que está em jogo é a felicidade.


É buscar o equilíbrio andando de montanha russa.


Amor... é tentar definir o indefinível, na esperança de entender aquilo que não se explica, apenas se sente.


Com o coração repleto de fogos de artifício.

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