21 de novembro de 2012

desordem e regresso


Dizem que brasileiro só sabe reclamar. Então me diz: elogiar o quê? Pra falar a verdade, nem do povo se pode falar bem mais, já que entraram no comodismo e baseiam-se no "jeitinho brasileiro" de ser. Na boa, se o país está ruim como estamos vendo hoje, é porque ninguém mais está nas ruas para reclamar, ninguém quer buscar mais seus direitos de uma forma mais direta. Estão apenas preocupados com o dinheiro que vai cair na conta, se vai sobrar um pouquinho pra comprar aquele sapato que é lançamento, ou apenas fica parado ali no sofá largado, assistindo sua novela, esperando algo acontecer do nada. E o governo? O governo só quer saber de aproveitar dessa conformidade em que vivemos para passarem por cima da lei e alavancar em seu próprio progresso, o que indica, proporcionalmente, no regresso do país. Como acreditar no futuro de um país em que os governantes se preocupam mais com o auxilio-terno do que com o salário do professor? Como acreditar no futuro de um país em que um pênalti perdido vira mais notícia do que parlamentares saindo nas ruas com dinheiro público no cú?
Cadê toda aquela energia dos caras-pintadas saindo nas ruas, reivindicando seus direitos? A união de várias opiniões em prol de melhorias, isso é um povo, isso é democracia. A democracia (se é que isso existe) não é apenas na tecla BRANCO/CORRIGE/CONFIRMA. Ela é contínua. Você(s) manda(m) mais no país do que seu(sua) presidente.
E quando abrirmos os olhos para essa questão, aí sim, pode-se acreditar em um futuro. Um futuro melhor.
Basta apenas abrir os olhos.

Anarquize-se.

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