Cá com meus botões...

Fiquei pensando por alguns instantes em por que a maioria dos bons poemas são escritos quando o poeta está triste...
Não sei se há uma razão científica que explique este fenômeno, o fato é que, neste caso, eu acho que as pessoas deveriam ficar tristes mais vezes!
Donde se conclui que, assim, teríamos um número maior de grandes poetas!
...
Aqui está o problema da Lógica e suas falácias... (Péssimo dia em que eu fui entender a lógica da Lógica).
A grande questão que ronda pelos pequenos espaços entrelaçados da minha mente é que: por que as pessoas não resolvem escrever quando estão felizes, contentes, pulando de alegria?!
Não posso afirmar categoricamente que ninguém que esteja feliz resolva escrever um poema, mas é fato que "O Poeta precisa da Dor". Tão fato que virou até música, filme, dito popular...
Ninguém diz por aí que "O Poeta precisa da Alegria". Quem precisa dela são os Palhaços, os Comediantes.
Certo?
Certo??!
A pulguinha que fica atrás da minha orelha sopra para mim que a resposta deve ser: "Não, está tudo errado!".
Sei que a dor impulsiona as pessoas a fazerem as coisas com mais intensidade, e que a dor nos coloca com a sensibilidade à flor da pele... Mas ser sensível e intenso nos momentos bons da vida também não são estimulantes bem concretos?
Eu não sei bem se a clareza dos meus pensamentos se faz neste texto, mas o ponto de vista ao qual quero, aqui, ater-me é o de que os poemas são manifestações humanas tão divinas que não deveriam partir apenas de uma base melancólica ou algum momento de tristeza. Qualquer que fosse a motivação que nos impulsiona deveria resultar também em um poema! Ainda que seja um poema infeliz.
E quanto aos Palhaços e Comediantes... Não só a alegria deve ser necessária às suas vidas, mas também a dor e as decepções. Porque, usando de uma lógica inversa, tais sentimentos podem ser propulsores de uma alegria que contagia a todos: ao público e aos próprios artistas. Tranformar sentimentos ruins em sorrisos é uma arte!
E por falar nela, a Arte se faz sublime por se mostrar livre de preconceitos, aceitando todas as suas formas de expressão, de jeitos e trejeitos, de opiniões e atuações.
Para que a frase popular se fizesse verdadeira, a Vida realmente deveria ser uma Arte na arte de saber respeitar-se e também ao próximo.
Mas isso é assunto para outra postagem.
Por hora, o importante é entender que a Vida, se não uma Arte, pode ser traduzida num grande Poema.