Por Bia de SouZa
Beleza: Termo mais relativo e pré-conceituoso.
Estabelecer algo como belo ou não passa necessariamente pelas subjetividades e múltiplas opiniões de cada um.
Num
mundo tão fútil, cheio de vazios e recheios de ar, endender algo como
dotado de beleza pode ser tão perigoso como uma bomba atômica!

Não. Sou mais racional e extremista.
Acho que a Beleza é como um "bem de uso comum do povo" e de tudo o mais.
Geral. Generalizada.
Bela
é a flor em botão, que nem mesmo desabrochou e fica no aguardo de uma
chuva fina, de um sol quentinho e de muita fotossíntese para
resplandescer. Mas também é bela a flor já sem vida, caída no solo,
esperando o vento a ela varrer.Acho que a Beleza é como um "bem de uso comum do povo" e de tudo o mais.

Belo é o livro novo, com cheiro de plástico, esperando pelo primeiro ávido leitor. E belo é também o livro rasgado, surrado e sem capa, que já foi útil a tantas mentes e olhos famintos.
Bela é a menina fotogênica, de rosto e de corpo, que se mostra e agrada nas redes sociais. E tão bela quanto é aquela que prefere ao invés de seu corpo, mostrar a beleza de seu pensamento, sem medo de errar.
Belo é o moço galã, bem sucedido, que aparece em comerciais de pasta de dente. E belo é o menino que prefere dar de comer àqueles que mal tem condições de pensar no que é beleza.

Belo é o amor, sentimento por tantos falado, sentido, cultivado. E belo é, pois, o ódio, que permite - apenas a título exemplificativo! - uma série de escritos fantásticos, filmes e documentários, e até mesmo a percepção do que é, consequentemente, o amor!
Ah! Fácil dizer que bela mesmo é a Vida! Pois é nela que se verifica tudo aqui antes comentado. Mas vejo uma beleza delicada na morte... Uma beleza fúnebre, quieta e até mesmo misteriosa. Como se ela nos dissesse que sem a sua certeza, não pensaríamos em fazer muitas das coisas boas e belas que praticamos todos os dias, mesmo sem perceber.
Por isso, generalizo a beleza e renego quem diga o contrário!
Somos Beleza, emanamos gostosuras e trevessuras repletas de lindas nuances.
Deixemos de lado a pieguice e os clichês e passemos a curtir aquilo que temos de melhor, que somos nós mesmos, tão mundanamente.
Beleza?
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