3 de janeiro de 2018

Aponte

Me diga como você tem certeza
Se está buscando ou está fugindo
Se está miando ou está rugindo
Enquanto põe as cartas na mesa

Me diga como você saberia
Se o sorriso era falso ou verdadeiro
Se seria amor ou só passageiro
Sem arriscar uma travessia

Me explique o que seria da vida
Se toda flecha acertasse o alvo
Se todo injustiçado fosse salvo
Se alguma ordem fosse mantida

Me aponte então o melhor caminho
Se não aquele em que sigo sozinho
Me mostre apenas algum sentido
Na árdua rota que tem seguido
Me aponte no mapa um X
E na história um final feliz

Me encontre e não se despeça
Pois nesta vida não me interessa
Se é chegada ou se é partida
Desde que a ponte seja mantida
E que eu aprenda que a cada dia
Preciso ousar novas travessias


2 comentários:

  1. ô, mas que lindeza de poema! Bem o que eu precisava ler.

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  2. Obrigado, Bia! Um elogio desse vindo de vc vale 10x mais! ^^

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