14 de setembro de 2016

Carta rimada

por Jefferson Veloso.

Não precisa de jornal para saber o acontece
Não preciso de igreja para rezar a minha prece
Prefiro ir pra rua e sofrer as consequências 
Do que ficar em casa alimentando minhas demências

As redes sociais ditam novas regras
Criando novas visões p'ressa sociedade cega
Que não enxerga um palmo na frente do nariz
Cagando e andando no próprio chafariz

Esperando a verdade suave, nua e crua
Lendo boas frases nos cartazes da rua
Esquecendo a realidade ilusória já criada
Depois dos goles de cerveja bem gelada

Esquece o que viu por que não enxergou
Esquece o que o seu profeta pregou
Esquece de viver pouco como M. Monroe
Pra viver muito, como ave que não quer voo

Pessoa de sangue guerreiro
Rolê na quebrada é o que é
Faz seus corres, faz seu dinheiro
Depois procura o que você quer
Pra não ser mais um rato qualquer
Correndo sempre no mesmo bueiro

Sem pressa, sem espera e sem medo
Segue na luz do seu caminho
E não penses em chegar lá muito cedo
Fique rico de jornadas
Caminhadas de investimento

E se o tempo me der um tempinho
Corro em sua casa pra te dar um beijo
Só não sei se amanhã eu te vejo
Pois mesmo selvagem, me faço mansinho