21 de agosto de 2015

Permanências


Sinto saudades. 
Do pouco, do quase nada,
 mas dum turbilhão de sentimentos que adentrou em meu peito.
 Do enorme sorriso, dos cabelos longos e sedosos, 
da boca carnuda que me fez olhar e nada mais ver.

Saudades da voz, do jeito tímido, da risada larga 
e dos planos mais mirabolantes.
 Planos de um futuro muito distante... 
entremeado pelo presente, que mudou tudo
 e agora eu nada mais sei.

Apaixonei-me no presente e já te amava no futuro. 
Amor platônico, romântico e verdadeiro. 
Paixão avassaladora, concreta e tão cheia de mim. 
Sentimentos tão próximos e em mim opostos por um espaço de tempo 
que sequer existe.
 Confundem-me na incerteza de sentir os dois 
e não me encaixar em nenhum.

E se a paixão vira amor?
 E se o amor me apaixona? 
Mais fácil seria se eu permanecesse 
na imprecisa precisão 
de não me sentimentalizar. 

Mas o que posso fazer, 
se sou um ser amador
 nessa arte tão incerta de gostar?


Imagem "Denise Cardoso", retirada de:
http://www.radiojovemhits.com.br/blog/index.php?pg=home&funcao=detalhes&id=4&id_tex=690



Por Bia de SouZa

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