Movido fui a escrever,
Às vozes do tempo clássico,
Ao teu louvor e prazer
Sumamente literário,
Este canto eclesiástico.
Tens nos olhos um querer
Oriental de natureza,
Que às Gueixas vem oferecer
Liberdade ocidental
Sem a mentira ou surpresa.
De medusa, os teus cabelos
Revoltos e em movimento,
Cristalizam-se-me os olhos,
Feito mármores marinhos,
Quando os vejo a todo tempo.
Tens no queixo alexandrino
As curvas de toda a história;
Desde as artes de menino,
De um adulto o aprendizado,
Até dos velhos a glória.
Co'a soberba de um Augusto
E beleza sem limite,
Sustenta-lhe o resto o busto
Com tamanha maestria
Que dá inveja até a Afrodite.
Este teu retrato pinto
Com as cores da liberdade,
E quando canto, não minto,
Pois não existe exageros
Quando se impera a verdade!
11,5,15
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