Mais uma vez.
Sento na velha poltrona, vento batendo num rosto marcado e molhado de sal.
Cabelos secos, andantes e opacos, repleto de histórias.
Emaranhado de fatos.
Penso... Sem querer pensar.
Peno... Um penar individual e sem escolha.
Arrisco alguns versos, riscados na pele, habitando meu sangue e mostrados na carne.
Riscos. Arranhões. Desconhecidos formatos abstratos, de momentos concretos e, ainda assim, um pouco desconhecidos.
Bate o peito, fortemente. Mente forte e juvenil. Ligados por um fio invisível, destoante das veias, por onde passa um fluxo constante de sentimentos e ideias totalmente desconexos e complementares.
A porta bate. Não há ninguém.
Poderia haver um amor, uma notícia de última hora ou o carteiro.
Mas é apenas o vento.
O mesmo que bate no rosto e faz lembrar que vivo.
Aqui.
Por Bia de SouZa
Ah! Esse vento tem me acompanhado...
ResponderExcluirMuito bem escrito o texto. Gostei bastante!
:)
ResponderExcluirObrigada!
Esse vento costuma ser meio insistente, às vezes. Refresca e corta, corta e refresca.
Mas a janela fica aberta...