Viver é uma arte virgem
É barro nas mãos do acaso
É tinta, tela e pincel
São rabiscos, rasuras
São rascunhos
Borracha, trabalho
Suor
O tempo é música
É filme
Um suspense
Uma ficção
É romantizado
E corta a ilusão do artista
Artista que se faz vivo
Só ele pode o fazer
Poetizando seu próprio filme
Enquanto o mesmo durar
Logo após a última cena
No capítulo final
O poeta se vai descansar
E não há espaço para novos rabiscos
Mas a arte se reinventa:
Novos olhos encontram as linhas
E a obra revive o artista
Poesia agora é poeta
Novas mãos entram em cena
Novas folhas se borram de grafite
E novos rabiscos se enchem de vida
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