25 de agosto de 2014

Diafragma



Só quero um registro.
Da vida, vista pela janela do quarto,
Da porta da casa
De dentro de mim.

Guardar num compartimento nada secreto
Tudo o que minha secreta memória não armazenará
Para sempre.

Amor, frio, inquietações e vontades
Toques e destoques
Ira e psicodelia.
Eu.
O mundo...

Gozar das tristezas e chorar com as alegrias
Flores da praça
Céu sem estrelas.

Registrar-me pelas íris de um objeto qualquer
Que me substitui.

E assim me eterniza.



























Por Bia de SouZa

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