10 de julho de 2014
Nunca nenhuma mulher me quis
Nunca nenhuma mulher me quis
Não sei se é pela ingenuidade
Ou pela minha baixa estatura
Fragilidade
Talvez
Por não ter nascido com os olhos verdes
De vovó
Por não falar francês
Ainda
Por não viajar com os amigos
De mochilão
Por sofrer por um quase amor
Por não saber a diferença
Entre um hoje
E um amanhã
Por feder a cigarro
Por não ter religião
Por não ter cor de caixa de papelão
Por preferir cinema a baladas
Regadas
Com gente chata
E cerveja ruim
Por ser babaca depois das 4 da manhã
Por trepar mal
Ou apenas
Não trepar
Nunca nenhuma mulher me quis
No Rio
Ou em Paris
Em Buenos Aires
Só para dançar tango
Nunca nenhuma mulher
Me quis
Mas os meus poemas
Elas querem ouvir
Sempre quiseram
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