16 de setembro de 2013

Sob os auspícios divinos



Desgraçada...! Surge de um além tão próximo, como um fantasma rebolante e vira meu mundo de cabeça para baixo. Me mata, me devora, me consome num piscar de seus olhos grandes, sorrindo tão sínica ao ver as labaredas do circo em chamas.

Você tranformou a minha paz num inferno dantesco. Não. Num inferno maquiavélico, gregoriano. Você, com essa sua verdadeira boca do inferno, capaz de dizer bombas atômicas com um simples sorriso branco, de uma beleza satânica e repleta de saliva venenosa.

Sua Víbora de cabelos longos...! Transborda dos meus olhos lágrimas do mais puro desamor, da decepção de um dia ter acreditado que não haveria mais mentiras, mais ocultações, mais atos falhos milimetricamente pensados.

Você conseguiu desaparecer por sonhados dias, dias de esperança ao meu coração partido, momento em que pensei retornar ao meu ponto de equilíbrio. Ao meu viver em pequenos momentos de felicidade.

Mas Fênix! Resurge, e maltrata, desmata o que morto estava, sabendo que pode causar todo o furor quando bem entender. 


Mas escuta - Maldita! - Rapariga de estonteantes olhos viris: ser cega ao próprio veneno é o que te condena.

É Medusa, mas o sol do luar não te fez perceber que a sátira interior é o que, auspiciosamente, te petrificará.



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