Temporal

Tic, toc.

Tic, toc.

Tic, toc.

O giro ininterrupto do relógio interrompe o pensamento.

O tempo passa, passa, passa...

E nada de chegar a hora!

Tic, toc.

Tic, toc.  

Ouço ruídos logo ali.

Vozes, sussurros...

E eu, aqui, só e sonolenta

Sem um pingo de paciência

Para esperar.

Tic. 

Toc.

Esperada, a hora chegou!

Um caminhar se inicia, um caminho se percorre.

E ao olhar para o pulso,

num intuito puro e simples

O tictar do relógio ali está:

Mostrando que tudo nada mais é do que

- voilà! -

Uma questão de tempo.

Por Bia de SouZa
Imagem:http://www.portallos.com.br/arquivo/wp-content/uploads/2011/02/tempo.jpg

A Estação

Por: Rafael Mota

Um casal a fazer planos
Sorrindo
E se ouve o apito ao longe

Uma criança a brincar
Só
E já se sente a vibração dos trilhos

Um jovem com densas lágrimas
Que nunca cairão
E já se avista a fumaça distante

Com uma mochila de duas toneladas
Vazia
Um homem reencontra o trem

Um sorriso, uma curva, uma palavra, uma brisa...
Um piscar de olhos
E o trem já some no horizonte

Um piscar mais longo
Descanse em paz

Talvez nem tenha passado por aqui
Talvez nunca tenha existido

O Menor Conto

"Vende-se: sapatos de bebê, nunca usados."

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Ernest Hemingway

Ilha das Flores

Por indicação de Álisson Duarte.
Sem mais...